Ninguém nunca entrava no quartinho da empregada. Era minúsculo, mas comportava uma cama de solteiro, um pequeno guarda-roupa e uma mesinha, sobre a qual ficava um ventilador velho. Havia também um banheiro, pequeno, mas sempre limpinho. Elas eram duas: uma trabalhava na lavanderia e outra cuidava da cozinha. Este quarto dava acesso direto à cozinha e a um corredor que descia para o subsolo do convento onde havia uma lavanderia com porta externa para o pátio, por onde entravam os carros pelo portão grande. Era o lugar perfeito.
O truque era o de sempre, esperar o horário “h” para poder entrar sem ser visto e sem fazer muito barulho. Meu coração palpitava quando ele ligava dizendo que já estava por perto, logo ali na praça em frente. Eu descia da minha cela, observava os outros ambientes da casa, passava de sala em sala, certificava-me de que não havia ninguém e para fazer menos barulho, tomava o controle e abria o portão maior o suficiente para ele passar. Os cães vinham abanando o rabo cumprimentar-lhe. Abria a porta da lavanderia para nós entrarmos, subíamos as escadas e em poucos segundos, estávamos dentro do quartinho, trancando a porta.
Ali dentro não poderíamos fazer muito barulho, nem ascender a luz para não despertar a curiosidade dos frades que moravam no convento. Lá dentro não perdíamos tempo, logo começávamos a nos beijar e acariciar um ao outro num frenesi sem limites. Loucos, insaciáveis desejos de posse um do outro. Quando menos esperava, já estava vendo aquele membro ereto, cheio de vitalidade e de uma beleza inigualável. Entre carícias e beijos, ele passeava sua mão pelo meu corpo, despertando meus desejos um a um. Deitava-me na cama, pequena e apertada e ia tirando a minha roupa. Eu trajava um pijama de cetim, cinza e uma cueca branca, estava limpo e cheiroso à sua espera. Sua língua passeava pelo meu corpo e sua boca encontrava no meu pau um sabor que lhe havia sido preparado. Virava-me o corpo e se colocava a lamber minhas costas descendo até encontrar meu bumbum, ainda com marca de bronzeamento feito no último passeio da fraternidade. Sentia seu rosto lisinho como o de um bebê entre minhas nádegas, lambendo e acariciando-me com sua língua. Meu corpo estava flamejante de desejo. Aos poucos, com muito carinho, ele ia se colocando dentro de mim, com movimentos suaves e delicados, próprios de quem ama, próprios de quem cuida. Os movimentos iam ficando cada vez mais rápidos e as posições mais variadas, de acordo com os nossos desejos. Ele levantou meu corpo, colocou-me de quatro e penetrou-me fortemente até fazer jorrar de dentro de si um manancial de leite quentinho que pude sentir seu pau agradecido latejando dentro de mim. Eu alcancei o clímax do prazer, gozei, sujando o lençol do quartinho das empregadas – que foi lavado na madrugada do mesmo dia para não levantar suspeitas.
Noites que ficam gravadas na memória e que se perpetuam no tempo para deliciarmos com lembranças. Depois de tudo, ficávamos por um longo tempo entre carícias e beijos, conversando baixinho, partilhando a vida. Depois, refazia-mos o trajeto para sua ida para casa, pois já era madrugada. Eu voltava, me certificava de que todos estavam dormindo, trancava as portas e ia para minha cela, esperar sua ligação dizendo que chegou bem em casa. Depois disso dormia, pois já era tarde e o dia começava bem cedo no convento.
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