sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Igreja católica no centro de Londres lança missa para gays
Governo Obama lança campanha contra bullying homofóbico
As escolas passarão a ter Conselhos que irão trabalhar a questão do não preconceito por conta da orientação sexual. O objetivo é também levar o projeto para as universidades.
Em seu pronunciamento para a campanha "It Gets Better", Barack Obama disse que ficou "chocado" e "entristecido" ao ter conhecimento dos adolescentes que se mataram e sobre aqueles que se encontram "deprimidos" por conta da homofobia.
O governo Obama enfrenta uma onda conservadora e, do outro lado, a ira do movimento gay norte-americano. Isso porque a Casa Branca apoiou a derrubada da liminar que cancelava a lei "Don't ask, don't tell", que proíbe gays nas Forças Armadas. Porém, o presidente voltou a declarar que está "comprometido" com a revogação da lei, mas que deseja ter a anulação feita pelo Congresso e não pelos tribunais.
DISPONÍVEL EM: http://acapa.virgula.uol.com.br/site/noticia.asp?origem=dispo&codigo=11993&target=_blank&titulo=Governo+Obama+lan%25E7a+campanha+contra+bullying+homof%25F3bico
MANIFESTO: CRIOU DEUS MACHO QUE PREFERE MACHO E FÊMEA QUE PREFERE FÊMEA
Imagine, por exemplo, um negro ser demonizado e patologizado bem como ser violentado emocionalmente todos os dias por causa da sua cor. Entretanto, já existem em nosso país leis contra o racismo que protegem este cidadão negro, mas a recíproca não é verdadeira em se tratando de homossexuais.
Deus fez macho e fêmea e pela mesma Bíblia encontramos todo respaldo para dizer que Deus fez também machos que preferencialmente se atraem por outros machos e fez fêmeas que preferencialmente se atraem por outras fêmeas. Qual a dificuldade em entender esta questão?
Convém ressaltar que amar e aceitar o gay como é não significa qualquer ameaça a família, pois formamos famílias por vezes muito mais estruturadas que muitos lares ditos “normais”, já que na última campanha alguns parlamentares homofóbicos diziam lutar contra os gays porque defendiam a “família normal”. Será meu companheiro pastor Fábio e eu não somos “normais” uma vez que constituímos um novo núcleo familiar e inclusive estamos em processo de adoção conjunta de uma criança.
Por outro lado, os homossexuais não constituem ameaça a procriação precisamente porque Deus os constituiu enquanto minoria e assim podemos seguir os planos de Deus normalmente. Não queremos revolucionar o mundo. Mas queremos transformá-lo através da inclusão, não da supressão de uma maioria por uma minoria.
Minoria expressiva e que enquanto tal possui os mesmos direitos da maioria justamente por que no jogo democrático somos plurais e singulares ao mesmo tempo: “unum et pluribum!”. As diferenças nos singularizam, a democracia nos torna cidadãos e o Evangelho nos torna irmãos!
O que fazer quando os maiores motivadores de abusos contra homossexuais são os religiosos homofóbicos? Há estudos importantes que vem sendo desenvolvidos, especialmente no Museu Nacional, de âmbito sociológico e antropológico no sentido de comprovar a obra destrutiva que a homofobia religiosa, especialmente no setor evangélico, vem promovendo. Calar-se diante disso seria mais do que covardia, seria um crime.
Claro que não é fácil ser diferente! Mais difícil é assumir publicamente essa diferença em se tratando de homossexualidade devido ao preconceito. Às vezes me perguntam como conseguir tal proeza.
Na minha experiência pessoal falar da minha orientação sexual publicamente foi um meio de protestar contra o sistema da homofobia religiosa, sobretudo “evangélica”. Um protesto que começou há alguns anos, após um pedido de um jovem rapaz que me solicitou para que nunca mais me calasse, já que se ele soubesse deste amor de Deus a todos, sem preconceitos, estaria livre das marcas da homofobia religiosa estampadas em ambos os braços na forma de visíveis cicatrizes de navalha resultantes de uma terrível tentativa de suicídio após uma terapia evangélica para “cura” de homossexuais. Daquele encontro prometi a mim mesmo que jamais me calaria doesse a quem doer.
Desta forma, percebi que enquanto nos calássemos outros homossexuais estariam sofrendo e morrendo daquela mesma forma, por isso que na Igreja Cristã Contemporânea trabalhamos tentando reparar todo este mal feito pela homofobia religiosa a centenas de pessoas LGBT que tiveram as suas vidas destruídas pela religião.
Assim, nestes quatro anos de existência nossa denominação vem corajosamente denunciando a homofobia religiosa, mas não apenas isso; vem igualmente resgatando em progressão geométrica uma enorme quantidade de homossexuais que são fria e cruelmente excluídos de suas congregações, passando por transtornos pós-traumáticos que destroem por completo sua autoestima e os conduz ao suicídio.
Muitas dessas pessoas chegam nas Igrejas Cristã Contemporânea, oriundas desses meios religiosos, absolutamente flageladas, e nós as acolhemos defendendo um amor de Deus a todos, sem preconceitos de qualquer espécie.
Desta forma, desde nossa fundação temos garantido o direito de homossexuais que desejam expressar sua identidade religiosa, em uma sociedade que entendemos dever ser democrática, pluralista e sob o ordenamento jurídico de um Estado Laico.
Explico melhor: a Igreja Cristã Contemporânea não defende que o mundo seja gay, nem deseja que aqueles que sejam heterossexuais tenham a sua orientação sexual revertida. Já os nossos detratores se pudessem nos imporiam (como ainda fazem na maioria de suas Igrejas) “tratamentos” violentíssimos de reversão que deixam traumas permanentes nas pessoas.
Se não defendemos um mundo gay, o que defendemos? Um mundo onde todos possam viver em paz e solidariedade, e onde as minorias como a nossa possam ser respeitadas. Ou seja: o mundo não é gay, mas nós somos e exigimos respeito.
É o tempo de denunciarmos todas as práticas inaceitáveis de preconceito, discriminação e homofobia religiosa que são impunemente expressadas por religiosos homofóbicos ofendendo intoleravelmente a honra e dignidade de toda a comunidade LGBT.
Precisamos dar um basta nesta perigosa influência destes formadores de opinião que praticam preconceito, segregação e reação homofóbica em suas próprias igrejas, e dentro das quais possivelmente encontram-se cidadãos LGBT sem qualquer amparo ou possibilidade de expressão, devido a sua orientação sexual.
Vamos dar as mãos e lutar para que sejam protegidos os direitos de cidadãos LGBT de forma a exercerem sua cidadania plena, independentemente de sua orientação sexual.
Pastor Marcos Gladstone
Fundador e presidente das Igrejas Cristã Contemporânea
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Mais uma conquista!
CASAL HOMOAFETIVO
Pensão pós-morte
Governo Federal autoriza pensão pós-morte a companheiro de funcionário público homossexual
por Redação MundoMais
BRASÍLIA – A Advocacia Geral da União (AGU) autorizou a concessão de pensão em caso de morte de um dos pares de casal homossexual, caso o morto seja funcionário público federal. A decisão foi publicada no último dia 26 de agosto para atender a uma solicitação do parceiro de um funcionário público que morreu.
Com a medida, não é mais necessário o viúvo de casal homossexual recorrer à Justiça para requerer a pensão. No entanto, a súmula não esclarece se o direito será estendido a todos os casais homossexuais ou apenas aos do funcionalismo público federal.
Para respaldar a súmula, a AGU baseou-se num artigo daConstituição Federal, que reconhece a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar.
No parecer, foi escrito que as discriminações sofridas por homossexuais não estão de acordo com os princípios constitucionais. Em junho deste ano, a AGU publicou oParecer 038/2010, que reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo para fins previdenciários do setor privado.
domingo, 11 de julho de 2010
União reconhecida
por Redação MundoMais
A decisão é inédita no estado do Ceará
CEARÁ – A Justiça do estado do Ceará reconheceu a união estável de duas lésbicas, uma de 49, é funcionária pública, e a outra, de 32 anos, é técnica de enfermagem. A decisão inédita naquele estado foi expedida pelo juiz Geraldo Bezerra de Souza no último dia 29, conforme informa o jornal O Povo.
Segundo o advogado das duas, Felipe Rinaldi do Nascimento, a decisão inédita no Ceará só ratifica a realidade da Justiça de outros estados no reconhecimento da união homoafetiva. “O Judiciário no Brasil afora já vem se manifestando favoravelmente. Na Justiça Comum, acho que somos o primeiro o caso”, disse.
Para o advogado, a decisão abre precedente para que outros casais homoafetivos procurem o reconhecimento das uniões estáveis nas varas de família. A decisão do juiz é retroativa ao ano de 2003, época em que as duas lésbicas cearenses passaram a morar juntas.
sexta-feira, 12 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Deleite!!! ;)
Algumas recordações....
Primeira Vez!
A ânsia do desejo era maior que nós dois. Estávamos próximos, demasiadamente próximos de tal forma a poder sentir o calor que emanava de nossos corpos. O ambiente era o mesmo que ele tinha visto outrora, meu quarto no convento. Não havia ninguém por ali e se houvesse, não era impedimento para que se cumprisse o que estava por vir: aqueles corpos, consumidos pelo desejo, pela vontade, pelo calor ardente de dois amantes, estavam certos de que o amor era o cume e que o sexo era a forma mais perfeita para alcançá-lo. Já havíamos nos visto, nos tocado e eu já havia tido a graça de vislumbrar seu corpo, belíssimo, no brilho de um entardecer em meio às plantas de um horto em um lugar qualquer deste Brasil... ali ele me tocou, na alma, vislumbrou cada parte do meu corpo, levando-me ao delírio. Mas agora estávamos ali, entre quatro paredes, no altar do amor, oferecendo nossos corpos um ao outro.
Os toques eram precisos, deslizantes e os beijos cada vez mais doces. O frescor e o cheiro do amor era espalhado pelo ventilador que espalhava o ar frio condicionado que entrava pela porta que dava acesso ao escritório. Cada olhar ficava registrado na memória, cada toque, cada beijo. Despir-se foi apenas o começo do momento mágico. Em meio aos toques, nos deitamos na cama de solteiro que ficava encostada na parede. Entre abraços e beijos, ele ficou deitado debruçado sobre aquele lençol que, a partir daquele dia, tomou um quê de especialidade. Seu rosto brilhava sobre o meu travesseiro e meu corpo se consumia na chama ardente do desejo. Um perfume especial tomou conta do ambiente quando espalhei sobre mim algumas gotas de hidratante de macadâmia, fornecendo a sensação de deslize... deitei sobre seu corpo, acariciei-lhe as pernas e senti sua pele responder ao meu toque colocando cada poro em estado de alerta. Debruçado sobre seu corpo receptivo, fui me introduzindo dentro dele cuidadosamente, ao que ele disse estar sentindo dores por ter sido a sua primeira vez. O incontrolável desejo falou pela minha boca num misto de vontade, ansiedade e medo: fica quietinho. Quando vi, senti a sensação de ter sido abarcado pelo seu corpo que me apertava como nunca. Mexi cuidadosamente um pouco para sentir aquele aperto viril. Foi um momento inesquecível, marcado no século para eterna memória. Era ele que viria a ser o meu amor, minha vida e meu sonho concreto, prova disso são os dois anos de vida conjunta que comemoramos neste dezembro de 2009. O desejo foi maior. Deslizei algumas gotas daquele hidratante sobre seu corpo, levantei-o da cama, fiquei na posição de receptividade e pedi para que me desse a graça de tê-lo em mim. Ele, como que sem entender, veio e me possuiu como meu eterno amante, meu querido, meu amor verdadeiro.
Banheiro Santificado.
Da portaria, tinha-se acesso a uma sala de jornais, de onde se abriam dois corredores: um que conduzia para refeitório e cozinha e outro para quartos de hóspedes, sala de TV e dois banheiros: um masculino e outro feminino (este último quase nunca usado). Desta mesma sala, tinha-se acesso a um jardim interno de frente para o enorme campo, o qual eu mesmo – que nunca joguei na vida – havia podado a grama para receber os jogadores.
Como de praxe, combinei com meu amigo de vir nos visitar, aproveitando o ensejo da casa lotada para que ninguém percebesse minha real intenção. Ficamos por ali na entrada conversando, depois fomos para a sala de TV, passamos por quase todos os canais da CABO, mas apenas conversávamos.
Eu, de longe, em uma poltrona, corria meus olhos por cada parte daquele pedaço de mal caminho ali, à minha frente: lábios carnudos, olhos vibrantes, o cabelo impecavelmente penteado – como o de um bom ex-evangélico, cada gota de suor que lhe escorria sobre o rosto, braços fortes e pernas grossas, enchendo-me a boca d’água imaginando-o inteiramente ali só pra mim. A conversa foi findando e quando me vi, já tinha feito a loucura. Em meio aos gritos do campo de “joga a bola”, queria fazer um jogo diferente, com duas bolas e um atacante apenas que soubesse direitinho o ponto certo para o gol. Convidei-o para que se levantasse, saímos para o corredor, dei uma olhada para um lado e para outro, abri a porta do banheiro, ele arregalou os olhos e eu disse que não havia problemas. Tranquei a porta e fui logo saciando a minha sede indo direto ao pote, se é que me faço entender. Beijei-o fortemente, apertei aqueles lábios carnudos, desci à altura de sua virilha e fui colocando toda aquela raridade em minha boca. Depois de bem molhado, com as calças no meio das pernas, abri-me para tê-lo todinho dentro de mim. Foram movimentos rápidos, cheios de força, virilidade, medo, ansiedade, desejo, todos esses sentimentos reduzidos em dois corpos que ocupavam pouco mais de dois metros quadrados. Num vai e vem frenético, o gozo, juntos, delirante, emocionante.
Agora, abrir a porta e certificar-se de que ninguém estava por perto era o desafio. Saí primeiro, fui para a sala de TV e em seguida ele apareceu: “Você é louco”, disse-me. Conversamos, ficamos ali um pouco e já era hora dele ir. Ninguém percebeu nada, ninguém viu nada. Ficou na memória a cena e o sentimento de entrega sem limites, sem travas, além do espaço e tempo. Momentos que fazem história e que, num banheiro de convento, eternizam as lembranças que revividas e contadas trazem à tona, na mesma intensidade, o desejo e o sentimento de satisfação. Loucuras de amores, loucuras de amantes...
Num Quartinho do Convento
O truque era o de sempre, esperar o horário “h” para poder entrar sem ser visto e sem fazer muito barulho. Meu coração palpitava quando ele ligava dizendo que já estava por perto, logo ali na praça em frente. Eu descia da minha cela, observava os outros ambientes da casa, passava de sala em sala, certificava-me de que não havia ninguém e para fazer menos barulho, tomava o controle e abria o portão maior o suficiente para ele passar. Os cães vinham abanando o rabo cumprimentar-lhe. Abria a porta da lavanderia para nós entrarmos, subíamos as escadas e em poucos segundos, estávamos dentro do quartinho, trancando a porta.
Ali dentro não poderíamos fazer muito barulho, nem ascender a luz para não despertar a curiosidade dos frades que moravam no convento. Lá dentro não perdíamos tempo, logo começávamos a nos beijar e acariciar um ao outro num frenesi sem limites. Loucos, insaciáveis desejos de posse um do outro. Quando menos esperava, já estava vendo aquele membro ereto, cheio de vitalidade e de uma beleza inigualável. Entre carícias e beijos, ele passeava sua mão pelo meu corpo, despertando meus desejos um a um. Deitava-me na cama, pequena e apertada e ia tirando a minha roupa. Eu trajava um pijama de cetim, cinza e uma cueca branca, estava limpo e cheiroso à sua espera. Sua língua passeava pelo meu corpo e sua boca encontrava no meu pau um sabor que lhe havia sido preparado. Virava-me o corpo e se colocava a lamber minhas costas descendo até encontrar meu bumbum, ainda com marca de bronzeamento feito no último passeio da fraternidade. Sentia seu rosto lisinho como o de um bebê entre minhas nádegas, lambendo e acariciando-me com sua língua. Meu corpo estava flamejante de desejo. Aos poucos, com muito carinho, ele ia se colocando dentro de mim, com movimentos suaves e delicados, próprios de quem ama, próprios de quem cuida. Os movimentos iam ficando cada vez mais rápidos e as posições mais variadas, de acordo com os nossos desejos. Ele levantou meu corpo, colocou-me de quatro e penetrou-me fortemente até fazer jorrar de dentro de si um manancial de leite quentinho que pude sentir seu pau agradecido latejando dentro de mim. Eu alcancei o clímax do prazer, gozei, sujando o lençol do quartinho das empregadas – que foi lavado na madrugada do mesmo dia para não levantar suspeitas.
Noites que ficam gravadas na memória e que se perpetuam no tempo para deliciarmos com lembranças. Depois de tudo, ficávamos por um longo tempo entre carícias e beijos, conversando baixinho, partilhando a vida. Depois, refazia-mos o trajeto para sua ida para casa, pois já era madrugada. Eu voltava, me certificava de que todos estavam dormindo, trancava as portas e ia para minha cela, esperar sua ligação dizendo que chegou bem em casa. Depois disso dormia, pois já era tarde e o dia começava bem cedo no convento.
Noite a fora no convento
O convento era grande, composto por dois prédios, sendo um com andar térreo e piso superior e o outro somente com o térreo, mas com um subtérreo, onde funcionava a lavanderia cuja porta dava para um portão de acesso de carros. A entrada ficava no térreo, por um portão menor, somente para acesso de pessoas. Depois das 18h, costumava-se soltar os cães, para evitar assaltos. Naquela época, moravam poucas pessoas na casa e a maioria dos integrantes era muito ocupada com as atividades típicas de um sacerdote. Normalmente, depois das 19h, era difícil ficar mais de duas ou três pessoas durante o período de uma hora na casa. O segundo prédio podia ser acessado de outra forma que não pela entrada normal, o que em certas horas era um benefício enorme.
Tinha 24 anos, moreno, corpo normal, cabelos negros, boa aparência e morava ali há uns dois meses naquele ano, mas já havia morado antes, no período de um ano, portanto, conhecia cada centímetro daquela casa. Gostava de ficar no convento, de onde nos falávamos pelo msn. Marcávamos nossos encontros no centro, ficávamos ali conversando esperando a hora h. Ele tinha 25, era branco, olhos escuros, cabelos negros, pernas grossas e um dote de dar inveja pelo qual valia correr riscos para se deliciar dos seus 18cm. Já estávamos amando um ao outro. Eu, mesmo na minha condição de frei não me recusava a correr riscos para ficar com ele, o homem que eu amava e ele, na sua condição de ex-membro de uma igreja evangélica tradicional, também não ficava atrás.
O pessoal do convento já o conhecia, pois ele ia lá em horas ocasionais para conversarmos e ajudar em uma ou outra atividade, o que não despertava questionamentos nos frades, mas até uma simpatia. Depois de conversarmos durante um tempo na rua, no horário certo, por volta das 23h, íamos para o convento. Eu entrava primeiro, para dar uma olhada no local, depois, abri-lhe o portão e entrávamos como gatos, pé por pé. Minha cela fazia divisa com mais duas, separadas unicamente por uma divisória dessas pré-moldadas. Era um risco imenso. Eu sempre ia à frente, averiguando se não havia ninguém. Abríamos a porta, entrávamos. Ufa, chegamos à cela. Trancava a porta e ali começávamos a nos acariciar. Os corações estavam a mil, batendo forte o suficiente para sentir o sangue quente correndo nas veias, mas o amor era maior.
Tirava a sua roupa, primeiro a camiseta, depois a bermuda, peça por peça, intercalando com beijos pelo seu corpo. Despia-me. Deitava-o na cama e começávamos a nos pegar mais intensamente e eram inevitáveis alguns ruídos, mas sempre com muito cuidado pra não despertar ninguém. Já passava da meia noite, mas para nós o tempo não era ninguém, ali naquela cela apertada só havia nós e não havia mundo exterior. Deitado na cama, eu começava a coloca-lo dentro de mim, sentindo cada centímetro do seu corpo, aos poucos, até tê-lo em plenitude. Começava a cavalgar-lhe, sentindo um prazer incomensurável. Não havia limites de posições, pois todas estavam ao serviço do nosso prazer. Carícias, beijos e amassos se misturavam às pegadas fortes, levando-me à loucura e num frenesi, chegávamos ao orgasmo. Depois disso, gastávamos um longo tempo nos acariciando e fazendo planos para nosso futuro, que com certeza, estava gravado no livro da eternidade histórica.
Presos ao tempo, o relógio apontava 3 da manhã e era preciso ir. Fazíamos todo o trajeto da cela à porta principal, sempre com muito cuidado. Tirávamos os chinelos para não fazer barulho. Eu ia à frente para olhar o ambiente. Os cães já sabiam seu cheiro, e não latiam. Abria o portão, chamávamos um táxi e ele ia para casa, com o compromisso de me ligar assim que chegar.
São noites inesquecíveis, loucuras infindáveis, gravadas na memória dos amantes que hoje compartilham suas vidas e que às vezes, se colocam em risco, para lembrar dos velhos tempos. A história não termina aqui não. Muitos capítulos se virão ainda, onde em cada um deles vocês terão a oportunidade de perceber que o amor é palpável, e que vale a pena correr riscos em qualquer lugar e, porque não, noites a fora num quarto de convento....